sexta-feira, julho 28, 2006

"... Acorda - disse-lhe com ternura -, se a tua ilha é assim por que saiste de lá? (...) Porque o homem não nasceu para viver no paraíso. Porque o homem prefere o conhecimento ainda que isso represente viver para sempre a nostalgia do Éden. Foi daí que nasceu o pecado original. É por isso que os açoreanos deixam as ilhas. Cada ilhéu sabe que para além da linha do horizonte há mais mundo..." (...)

José Maria França Machado, "A solidão de Júpiter"

há uns dias mandaram-me isto e achei piada, por isso decidi pô-lo aqui

quarta-feira, julho 26, 2006

conversa, mar e sol

finalmente um dia de férias decente...vou poder dar um megulho como há muito anseio! E quando a companhia também é agradável...
Os dias correm morosos e fastidiosos, em nada se assemelhando a tempos que já lá vão…tudo mudou. Eu mudei, tu mudaste…até a terra mudou…
Antes contava os dias para voltar, agora parece que conto os dias para partir…já pouco faz sentido aqui. Antes, o mundo sorria quando chegava, e entristecia quando partia. E isso era tanto! Era tudo…e se tornou em tão pouco…
Desse tempo resta apenas a recordação, a melancólica lembrança de tempos felizes, em que nada mais importava além dessa inocente felicidade que era tudotudotudo

Não compreendo...

Olho à minha volto e o que vejo cada dia que passa me irrita mais! Não compreendo como é que as pessoas podem continuar a pensar que não é nada com elas…que o mundo está cada vez pior e que a culpa é sempre dos outros…
Cada ano que passa verifica-se que o clima em nada se assemelha àquilo que foi um dia. As estações estão cada vez mais desreguladas, o sol mais nocivo, o ar mais poluído…e esta indiferença deprime-me! Não compreendo como nós vemos isto tudo a acontecer sem mexer “uma palha” sequer para alterar, nem que seja só um pouco!
Já toda a gente sabe que seguindo o curso que isto vai, daqui a 40 anos, por exemplo, não haverá água potável. Todos nós ficamos pseudo preocupados com isso, só que será que alguém faz alguma coisa? Não. Quanto muito, aquilo que dizem é “daqui a 40 anos já cá não estou”…É verdade. Podemos não estar cá nós, mas estarão com certeza os nossos filhos ou os nossos netos. Não deveria isso ser condição suficiente para deixar-mos de pensar um pouco em nós e pensar-mos mais no bem-estar das gerações futuras?! Afinal serão os nossos descendentes que receberão esta merda de ambiente (que nós ajudamos a destruir!)
Também já ouvi o argumento de que se os Estados Unidos que é a maior potência mundial não quis assinar o contrato por causa da diminuição da emanação de gases, por que é que eu, reles português, me hei-de preocupar? Não é o lixo que eu produzo, por exemplo, que vai alterar o que quer que seja…É verdade. Não desminto. Não é o esforço de uma simples pessoa que vai resolver o problema do mundo inteiro. Mas a união faz a força e se em vez de nos culpabilizar-mos uns aos outros, pensássemos que o mal está em cada um, e fizesse-mos alguma coisa para o alterar, talvez fosse possível mudar alguma coisa…

Com isto me vou, na vã esperança que as coisas tomem um rumo diferente… Só lamento que quando acordar-mos esta realidade já seja tarde demais…

quinta-feira, julho 20, 2006

Férias...Vacances...Ferien

Pois é...pois é...Apesar de já estar oficialmente de férias há alguns dias, vou voltar à minha terrinha...
Não há nada como mudar de ares, ir ao mar, ler uns livritos e estar com algumas pessoas que já não vejo há algum tempo. Estou mesmo a precisar de descansar, passar horas a pensar em nada e em tudo e saber que posso fazer o que me apetecer sem qualquer remorso porque deveria estar a estudar e não estou...Vem aí a verdadeira "Boa Vida"!

E pronto, mais um ano passou...entrou e correr e a correr se foi...

Em Setembro cá estamos de novo para receber a caloirada e entrar "a abrir" no novo ano lectivo...
Até lá desejo umas óptimas férias e, acima de tudo, bom descanso, pois bem precisamos (e merecemos!)

terça-feira, julho 18, 2006

No turbilhão

No meu sonho desfilam as visões,
Espectros dos meus próprios pensamentos,
Como um bando levado pelos ventos,
arrebatado em vastos turbilhões...

Num espiral, de estranhas contorções,
E donde saem gritos e lamentos,
Vejo-os passar, em grupos nevoentos,
Distingo-lhes, a espaços, as feições...

- Fantasmas de mim mesmo e da minha alma,
Que me fitais com formidável calma,
Levados na onda turva do escarcéu,

Quem sois vós, meus irmãos e meus algozes?
Quem sois, visões misérrimas e atrozes?
Ai de mim! ai de mim! e quem sou eu?!...


Antero de Quental

venha ela


Numa época de mudança, nada melhor que um poema sobre A mudança...
Mas não será a vida isso mesmo?

Casa Nova...

Finalmente me decidi a criar um novo blog e a mudar de "casa"... Não sei bem porquê, mas fartei-me do msn spaces. Talvez tenha sido porque me farto das coisas com alguma facilidade! Gosto do sabor da mudança...

E pronto, sendo este o meu primeiro post, não há muito mais a dizer...